quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vem!

Vem! Trás de novo aquela certeza dúbia de que ainda ia te ver cantar.
Vem! Me abraça vai, que seu canto traz saudade, mas o aperto de te ter por perto me dói muito mais.
Vem! Diz que me ama e mais aquele monte de coisas que eu sempre duvidei em que fosse acreditar.
Vem! Fica aqui só mais um pouquinho, não precisa se mexer, não precisa nem falar nada. Só fica. E me deixa a tarde roxa, e me deixa seu sorriso, me deixa um pouquinho de você que o frasquinho antigo já cansei de procurar! Sumiu. As suas fotos, os meus rabiscos, aquela velha canção... Nada! Quem foi que me tirou você assim? Eu falei pro tempo me avisar... Mas ele correu de novo, branco com a cartola, correu... E me deixou aqui, de vestido azul, me perguntando se grande ou pequena deixei de te procurar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A primeira letra do começo

Rabiscar seus olhos e colorir os pássaros lá de fora. Faz tanto tempo...
Acordes lidos e o som que não é tão literal. Parece até saudade...
Suas músicas, o seu sorriso, a minha boca e mais canções... Eu não me canso de imaginar.
Quantos dias faz que não te vejo? Eu já perdi a conta. Vai ver já nem sei mais contar...
Contar os cortes, os tropeços, o outubro passado... Vem de novo comigo?
Eu vejo tanta gente assim... Perdida, realista, como quiser chamar... Às vezes parecem pessoas sem nem saber do que lembrar! E é tão triste o olhar delas! E só o que me vem à mente são os olhos, de água, de águia, de falcão. De abraço, de carinho, de solidão. De meus, de seus, de querer de volta. Vem pra mim? E canta, que seu abraço ainda me vem... Traz de novo o aperto forte, mas não me espera pra soltar! Viaja comigo, imagina que a gente ainda pode voar!