quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Romantismo

  Romantismo não tem a ver com flores, com declarações em público, com canções ou serenatas... Romantismo tem a ver com sentimento. É isso que te faz ser romântico ou não. É isso que te faz dizer coisas bonitas ou acontecerem coisas inesperadas. É quando você busca por elas. É quando você sai para procurar algo para alguém e quer que seja o mais especial do mundo para que transpareça um pouquinho do quando você valoriza ela. Não só sai porque quer ou deve dar um presente, simplesmente uma obrigação, não o que realmente significa. Não é o aniversário, a data, é o sentimento. É o seu esforço, a sua vontade. O presente em si, pode não ter nada a ver com o que a pessoa queria ou imaginava, mas nele ficam impregnados o que você fez até entregá-lo. E é isso o que significa, o que vale.
    Romantismo não está em cartas, está no que é importante para o outro, mesmo que pra você não tenha significado. Está em uma dedicatória em que você nem sabia o que escrever e só escreveu bobagens. Em algo que você quer que a pessoa leia pra que sinta o mesmo que você sentiu ao ler. Em um momento em que você está parado, em algum lugar bobo, e pensa em como queria estar com a pessoa. E o mais importante: diz isso pra ela! Manda uma mensagem, um sinal de fogo, liga... Se importa. Está em acordar de manhã e pensar que não podia ter acordado melhor, simplesmente por ter acordado ao lado de quem você quer. O que não é tão fácil quanto se parece! Está em deixar a pessoa em casa e logo em seguida mandar uma mensagem, não por obrigação, só pra deixar ela rindo mais um vez, e mostrar o quanto ela é importante e você a valoriza, ou simplesmente porque viu um cara vestido de Batman na rua e precisava comentar...
   Romantismo não está em um monte de coisas elaboradas que só Ted Mosby* pensaria e colocaria em prática. Romantismo não é difícil, não é raro, não é custoso. Romantismo está em amar.


* Personagem do seriado How I Met Your Mother.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

" Você me vendeu pra se salvar."

Os outros

‎"A gente vai se construindo em cima de outras pessoas... E eu não sei, mas em um mundo hipotético isso está errado. Relacionamentos só deveriam se construir sobre você e a pessoa. Mas aqui, nesse mundo que não é nada hipotético, as coisas não acontecem como eu penso. Tem a influência de outros milhões de pensamentos que tornam a minha ideia de mundo hipotético falha."

Mr. Darcy não existe

Sabe aqueles dias em que você deseja não ter mais forças pra lutar? Naqueles dias que você descobre que é você, e só você, que não seria egoísta de ficar com alguém só porque esse alguém te faz bem. Percebe e se pergunta por que é que foi que um dia confiou em alguém. Em alguém que está ali e você se deixou encantar só por estar ali. Só por ser palpável pela primeira vez. Nem é o príncipe encantado, nem é loiro e nem pode estar ali. Alguém que nunca vai ser o Jack Johnson. E que provavelmente nunca vai ser nem de perto o que você imaginou. O Mr. Darcy não existe.
E você se pergunta porque está se fazendo sofrer tanto. Por que? A preço de que? Você que sempre precisou ser o centro... E de repente é só o mundo desabando... É só um monte de coisas que tem o direito de passar por cima de você, que vem antes de você. É só um monte de coisa que você quer que vá para o inferno. Junto com tudo mais que ele te trouxe. Junto com ele e os seus não-sentimentos. Junto com suas tentativas ridículas e que te fizeram bem por só estar ali. Alguém que sempre tinha uma palavra ou uma frase que quebrava algo em você, de pouquinho em pouquinho. Sempre. E que acabou te fazendo acreditar que era assim que deveria ser. E acabou te fazendo gostar dessa dor mansa que passa e volta como uma brisa a tarde. Te fez parar de imaginar coração batendo ao ligar. Te fez querer só o reto. Só o que ele poderia te dar. Te fez acreditar que era só aquilo o que você poderia ter. Que só te diz a verdade mesmo quando é instigado e fica com meias verdades pra lá e pra cá. E reclama por você não ter meias verdades pra compartilhar com ele.
E se quer saber, ser meio está tudo errado. Você tem que ser inteiro ao outro e esse outro tem que ser inteiro a você. Isso é se completar de verdade. Não cada um ter uma parte pra juntar. Isso tem outro nome. Isso no máximo é compaixão. E eu não preciso disso. Ninguém precisa, de verdade, disso. Ou talvez seja só eu. Eu só sei que não preciso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O que eu não disse

Ao ver seus olhos tristes e os ombros baixos a mulher lhe pergunta:
- O que você está fazendo, garota? Se torturando? É isso?
O que a faz lembrar de muitos dos momentos bons e ruins em que estivera com ele. Observa-o de longe e diz:
- Não, só deixando de gostar...