domingo, 16 de maio de 2010

Ai, que vontande de escrever...

JJ. diz:
*ai que vontade de escrever :/
H. diz:
*escreve amor
*vai no blog
*e detona
*põe pra fora
*xD
JJ. diz:

*mas não sei o que escrever :~
*AHHIOAEHIOEAHOEHIOOAE
H. diz:
*o0
*lol
JJ. diz:

*só vontade ._.
H. diz:
*aFDJAEjfaeoihfaef
JJ. diz:

*vontade que vem e não passa ._.
*que vai crescendo, devagarinho, e se escondendo nos espacinhos do meu dia...
*no café da manhã e o passarinho que cantou lá fora
*e eu que nem vi voar...

JJ. diz:
*e na roupa que vesti antes de ir pra aula, e o pingo de tinta que misturou-se a ela e que nem notei ._.
H. diz:
*ahh
*continua
*._.
*eu tava aki esperando
*a próxima frase
*=(
JJ. diz:
*eu estava abrindo o word, mas mas mas...

H. diz:
*por favor?
JJ. diz:

*aaah... :S
H. diz:
* vai vai vaaai?
JJ. diz:
*'tá bem...
*então, onde eu tinha parado mesmo?

JJ. diz:

*aaah sim, e na manhã, nas pessoas andando apressadas pela rua, algumas até correndo....
JJ. diz:

*sei lá pra onde, às vezes é só atraso... quem sabe atrás de um beijo que esqueceram no vizinho ou da chave que ficou pra fora da fechadura.
*às vezes estão só seguindo o mesmo caminho de sempre, puro hábito, rotina que vai servindo de caminho, e vai levando, e levando... E me trazendo aquela vontande...
*aquela que vou escondendo pelos vãos e frestas que me perseguem e que é a mesma que vejo atrás do sorriso do carteiro;
*e aquelas que vem saltitantes pelas pedrinhas da rua,
*e que me cantam aos ouvidos,
*as notas leves e frias da manhã.


Aquela que me aparece nas árvores, bem encima dos galhos, aquela mesma que me faz abaixar ao passar pelas folhas cá embaixo, mas que nem ficam tão embaixo assim.

E meus pés agora tão próximos do destino! Entro sem nem perceber, e o ‘bom dia’ que não recebi vai ficando pra trás... Junto com a vontade de esconder as letras que vão brotando ali, pela grama, que vão se escorrendo nas paredes, rolando escada abaixo. E ali, pelo chão, pelos olhos, pelas mesas...

Sem demora já vejo vontade por todo lado! Pelas salas, calças e camisas. Pelos corredores, casacos e sapatos. E meus tênis vão subindo, subindo... E sozinhos querem alcançar o telhado, subir no terraço, misturar-se as nuvens....

Lá em cima venta, e com força meus cabelos batem. Formigam-se por responder o soluçar das brumas, que continuam a espalhar seus finos traços banhados a saudosismo e vontade. Vontade essa que chora e grita, esperneia e berra, que corre a me abraçar.
Que me toma e me cega, me leva pra longe; me amarra, me prende, me tira os sentidos. E tão feroz como vem, passa. Deixa-me só, corre o coelho à sua toca. Meu tempo se vai, meu desejo se põe. Enquanto o triste sol de inverno, lá em cima, sorri e me toca, feliz com a brecha nas nuvens.

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post nada bom, mas ainda sim pro meu heath, por ele que sempre me fazer lembrar o quão doce a vida pode ser, e por me amar assim, só por eu ser, como devo ser.

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