É que tudo lá fora parece estranho, é como se ninguém fosse realmente compreender. É como se outras palavras não fossem sair da minha boca. E o que eu quero dizer saísse da sua. É como encontrar algo para se conquistar passo a passo. Cada momento. Cada sensação. Sem toda essa pressa, essa correria que vive me perseguindo e me levando a crer que talvez eu é que não esteja acostumada, mas as coisas sejam assim. É como perceber que eu nunca coube nesse papel de coitada ao qual costumo interpretar. De burra, boba e ligeiramente imoral. É como se eu só precisasse ser eu sem parecer louca dessa vez. Sem achar que é querer demais alguém que tenha conversas sobre coisas que realmente valham a pena, não esse jogar papo fora pra não perder contato, ou esse sexo verbal enquanto não posso te ver. Palavras de verdade, palavras de alguém que se importe em não parecer ridículo. Mas se importe de não parecer esse ridículo que todo mundo insiste em taxar de ideal, um gato que te satisfaz. Não, eu não vim aqui pra isso. Eu vim pra dizer que por mais que tente me convencer que me encaixo nisso tudo que vocês juram chamar de amor, alguém sussurrou no meu ouvido que o que dizem não precisa ser verdade. E que eu posso fazer sentido sem nada disso.
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