Acordei. Sim, hoje não foi cinismo, não foi cansaço, não foi doidera. Hoje foi só realidade. Vai ver até decepção.
Hoje senti pena, senti perda, senti perdão.
Hoje me disse que tudo mudou e que eu não deveria mudar. Mas que sem mudar, acabei mudando. Que sem querer, acabei fazendo. Que sem buscar, encontrei.
Hoje vi mentiras mais verdadeiras que todas as verdades que eu possa afirmar. Hoje vi uma só que se tornou um monte. Hoje eu me vi um monte. E quis o monte virando montanha e implodindo em mim de novo. Mas montanha não implode, e eu de uma, convivo comigo mesma. Um eu que não pude nem ao menos criar. Um eu que história minha não tem, que não me lembra, que não existe em mim. Um eu que tem vindo a minha frente e mesmo assim tem conseguido me atropelar. E eu de pena, continuo a observar cordas e mais cordas se enrolando. E eu de boba, continuo deixando o fio se desenrolar. Desenrolando o carretel inteiro um dia a fita acaba, um dia se assopra a palha, um dia a casa cai. E eu de lobo derrubo, e eu de vermelho também sou devorada. E não importa, a ciranda continua misturando os personagens. Um dia chego ao fim. Quem sabe eu, quem sabe alguém, quem sabe o que inventaram de mim.
Posso dizer que me apaixonei pelo texto? É tudo o que venho sentido ultimamente!
ResponderExcluirSério... li umas 5x por baixo rs
Mil beijos, adorei mesmo!
"E eu de lobo derrubo, e eu de vermelho também sou devorada. E não importa, a ciranda continua misturando os personagens."
aaaaah, sério? *-* que máximo!
ResponderExcluiré muito estranho o quanto tudo que estou sentindo, também pode ser o tudo de outros. chega a ser... acolhedor.
obrigada pelo comentário :)
Também acho engraçado quando comentam que estão sentindo o mesmo ou coisas do tipo... É acolhedor, estranho também... sei la rs
ResponderExcluirE magina (:
Beijos