E diz que é mentira, que não aconteceu, que não é comigo, que eu posso esquecer e voltar a dormir. Diz pra mim! Diz que não sentiu, que não sente e que não vai sentir. Não sobe o meu ego não vai! Leva ele pra longe, pra baixo, pra sarjeta ou pro inferno se necessário. Inferno aliás, é inverno no Rio! Sem edredom, brigadeiro e o abraço. Aaaah, o abraço! E aquele perto que parece longe só pra acabar com a distância que sufoca na proximidade. Sufoco, aliás, é tentar se desculpar por algo que nem se fez ainda. Mas me entenda meu caro amor, eu amo assim, largado, sozinho e sem colo. Comigo e bem acompanhado, você já tem quem te ninar... E eu fujo, fujo meu bem, de colo ocupado. Não quero ocupar o lugar de quem já te pertence! Deixa o cantinho dela te acompanhar. E te largo aqui, pra voltar pro samba. Eu sei o que é um desamor, e eu sei que é pecado. Mas me entenda meu caro amor, eu amo assim, buscando um colo desacompanhado. Se quiser, vem me buscar, e nossos pés se encontram na passarela. Só não se esqueça que o fim da noite pertence ao sol e não volto pra casa com o namorado dela. Só não se esqueça que o fim da noite pertence ao sol e não volto pra casa com o namorado dela...
Nenhum comentário:
Postar um comentário